Sexta Luther King – 4ª edição

Governador do Alabama bloqueia entrada de universidade para estudantes negros Na última sexta-feira do mês em que o assassinato do ativista norte-americano Martin Luther King completa 40 anos, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-DF), o jornal Ìrohìn e o Balaio Café promovem a quarta sessão em homenagem a um dos principais líderes na luta pelos direitos civis da população negra. O filme apresentado será Crisis (Robert Drew), que conta a história da disputa judicial em torno da matrícula de dois estudantes do Alabama em uma universidade local, em 1963. O governador Geroge Wallace chegou a bloquear, pessoalmente, a entrada da universidade (foto)

Serviço

Data: 25 de abril (sexta-feira)
Local:: Cineclube do Balaio Café (201 norte)
Horário: 21h
Entrada: Gratuita

Organização: Cojira-DF ( cojiradf.wordpress.com) , Ìrohìn (www.irohin.org.br) e Balaio Café (www.balaiocafe.com.br)

Para saber mais:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Luther_King

Dr. Martin Luther King, Jr. (15 de janeiro de 1929, Atlanta, Geórgia –
4 de abril de 1968, Memphis, Tennessee) foi um pastor e ativista
político estadunidense. Pertencente à Igreja Batista, tornou-se um dos
mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros
e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de
uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Se tornou
a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco
antes de seu assassinato. Seu discurso mais famoso e lembrado é “Eu
Tenho Um Sonho”.

Sexta Luther King – 3ª edição

Sexta Luther King – 3ª edição

No mês em que o assassinato do ativista norte-americano Martin Luther
King completa 40 anos, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial
(Cojira-DF), o jornal Ìrohìn e o Balaio Café promovem a terceira sessão de
vídeos em homenagem a um dos principais líderes na luta pelos direitos
civis da população negra. Participe!

Serviço

Vídeos: Apresentação de trechos de discursos de Luther Kink e atos em sua
homenagem
Data: 18 de abril (sexta-feira)
Local:: Cineclube do Balaio Café (201 norte)
Horário: 21h
Entrada: Gratuita

Organização: Cojira-DF ( cojiradf.wordpress.com) , Ìrohìn (www.irohin.org.br) e Balaio Café (www.balaiocafe.com.br)

Para saber mais:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Luther_King

Dr. Martin Luther King, Jr. (15 de janeiro de 1929, Atlanta, Geórgia –
4 de abril de 1968, Memphis, Tennessee) foi um pastor e ativista
político estadunidense. Pertencente à Igreja Batista, tornou-se um dos
mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros
e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de
uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Se tornou
a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco
antes de seu assassinato. Seu discurso mais famoso e lembrado é “Eu
Tenho Um Sonho”.

Obama e o impasse brasileiro – a cor do brasileiro

(texto publicado no site diretodaredacao.com, em diálogo com o artigo de Eliakim Araújo)

O fator novo na eleição presidencial americana é, sem dúvida, o senador negro Barack Obama. O representante do Illinois faz parte da geração pós-Luther King – o grande ativista, pastor batista e prêmio Nobel da paz que – valendo-se da política da não-violência – liderou um movimento social que logrou vencer uma política segregacionista que atrasava em dois séculos o sonho da América progressista, sonhado pelos pais fundadores da pátria. Com a luta altiva dos negros no sul dos Estados Unidos veio a conquista dos direitos civis, a política de ações afirmativas e, em grande medida, mas não completa, uma progressão social dos afro-americanos. Para isso, a sociedade e o sistema americanos tiveram que se curvar e estender os princípios de sua democracia à comunidade descendente dos escravos que ajudaram a construir a riqueza daquela nação.

Pode-se afirmar que a sociedade americana ainda não resolveu por completo uma persistência crônica do preconceito racial, as investidas de um racismo tentacular e até mesmo uma separação na prática de brancos e negros. Mas o fato é que o sistema americano ousou reconhecer a dívida do país e da sociedade como um todo para com a comunidade afro-americana. Houve dois princípios nesse reconhecimento: a reparação e a compensação. A reparação pressupõe o reconhecimento da dívida, do erro, do pecado da legitimação do mal, no caso, a escravidão e suas conseqüências. A compensação requer políticas de Estado para promover a comunidade, eliminando os entraves existentes a seu desenvolvimento e promovendo de forma determinada a ascensão de pessoas dessa etnia. Isso não como concessões de governo, mas como políticas públicas com impacto sobre o setor privado.

No Brasil – país que compartilha com os EUA o mesmo passado escravista – ainda hoje é forte a falsa noção de que o conceito de racismo não se aplica bem ao contexto nacional. Há alguns anos, a Universidade de São Paulo realizou uma pesquisa sobre o racismo no país. Os números são contundentes e encerram um paradoxo: 97% dos entrevistados afirmaram que não tinham preconceito. A contradição vem em seguida quando 98% disseram conhecer pessoas que manifestavam algum tipo de discriminação racial. Pode-se concluir que é difícil alguém se assumir racista, mas é fácil reconhecer que o outro o é.

Nos últimos anos, por pressão do movimento negro, por força de estudos acadêmicos e pela imposição de acordos que o Brasil tem assinado como integrante de organismos multilaterais, a esfera pública tem enfocado a persistência das desigualdades entre brancos e negros (aqui incluídos os mestiços). Instituições como universidades, o IBGE, o Dieese e outras passaram a trabalhar com esse recorte e a mostrar aquilo que o brasileiro ainda tem dificuldade de admitir. Há sim um racismo estrutural na sociedade brasileira. Ele se expressa desde as pequenas situações do cotidiano até a baixa presença dos negros nas universidades, nos altos cargos das empresas, no oficialato das Forças Armadas, no corpo diplomático, nas três esferas e nos três âmbitos do Poder, nas nossas propagandas, filmes e novelas.

É patético, mas foi por seguir a onda mundial do politicamente correto que nosso mercado publicitário passou a incluir com regularidade a presença de negros nos anúncios e propagandas. A coisa é tão forçada que se chega a reproduzir o mesmo percentual de negros na população de países como os EUA, não mais que 12 ou 13%, quando no Brasil somos, segundo o IBGE, a metade da população. Ou seja, o negro é incluído de modo assaz minoritário e coadjuvante, como que para se evitar a pecha de racista, lá fora, já que aqui a cobrança não é levada muito a sério.

É lamentável constatar que no tocante às finanças públicas, o Brasil vem fazendo seu dever de casa. No entanto, tendo em vista a busca de solução para as desigualdades de ordem racial, o país é reprovado ano após ano. Chega de silêncio, de omissão, de ufanismo fajuto em torno da democracia racial – você ainda acredita nisso? – e de acusações indevidas de racismo reverso. O Brasil precisa reconhecer sua dívida histórica para com os negros e passar a pagá-la. A propósito, a adoção das cotas para negros no ensino superior é um exemplo de política compensatória já em pleno vigor em muitas universidades públicas, mas não se pode parar aí. O fosso é grave demais e exige medidas urgentes. É preciso avançar. Cento e vinte anos de espera é tempo longo demais.

A COR DO BRASILEIRO

Sobre quão negro deve ser um negro para ser considerado racialmente assim… Enquanto nos Estados Unidos ainda se pode, com certa dignidade, chamar um negro de “negro”, no Brasil prefere-se simplesmente chamá-lo de “moreno” e, ainda assim, com a devida cautela…

O certo é que se se chama um negro de “negro”, o próprio negro refuta-se pejorado, excluído, discriminado. O negro no Brasil tornou-se “moreno”, talvez para amenizar as mazelas de um passado eivado de escravização, torturas e reais discriminações, ou talvez para evitar qualquer desconforto que remonte a uma sutil forma de exclusão social.

Os próprios brancos, por vezes, não sabem como se dirigir aos negros nas situações em que se torna imperioso falar o nome “negro” e, porventura, se alguém lhes pede que caracterizem a raça de certa pessoa (negra), com certeza temem ao dizer, por exemplo, “ela é negra”. O “negra” ainda soa desconfortável tanto para o emissor como para o receptor da informação.

A comunicação se faz, por indispensável, de emissor e receptor. A mensagem pode ter o sentido completamente alterado dependendo da maneira como for “filtrada” pelo destinatário. Este, ao interpretá-la, pode recebê-la com ironia (ainda que ela tenha sido emanada de forma sincera), com indiferença (mesmo que realmente tenha um direcionamento específico), com amargura (ainda que emitida de maneira ingênua). Da mesma forma, se de bom espírito o receptor, ainda que a palavra tenha sido falada com cinismo, ele pode, bondosamente, aceitá-la com a (sua) sinceridade, transformando-a numa “mensagem de paz”. Bons ouvidos fazem pacíficas as relações interpessoais. Bons “brancos” fazem dignos quaisquer negros. E bons negros fazem qualquer coisa que qualquer outra raça também faça.

Povo brasileiro: seríamos todos “morenos”? Por que? Medo de evitar desentendimentos entre negros e supostamente brancos? Negros que insistem em não serem chamados assim, por falta de amadurecimento? – Porque realmente os cruzamentos raciais revelam que muito dificilmente encontraremos a “raça pura” perdurada depois de tantos anos de história no Brasil. A antiga segregação, agora no Estado Democrático de Direito, não mais existe porque se chama igualdade e, desde então, tornamo-nos livres para perpetuarmos raças as mais variadas possíveis.

Daí tornamo-nos, também, uma mistura de tudo: desde o “moreno”, que agrada aos olhos e aos ouvidos, ao “branco” que, mesmo não o sendo, ainda persiste em querer “elevar-se” nessa condição.

Brasil de todas as cores, um dia seremos um só abraço. Tal como o leite derramado que se juntou ao sangue do padeiro, em Drummond, formando um único tom (aurora) – assim estamos caminhando nós, na união de etnias e na aceitação de que somos uma mistura que, no final, revelará o caleidoscópio de cores a nos ensinar a real felicidade.

André Ricardo é jornalista, mestre em Comunicação, doutor em Lingüística, repórter da TV Senado e integrante da Cojira-DF. Email: andre33@uol.com.br

Ricardo Medauar Ommati é Assessor Jurídico do TRE, de Minas Gerais. Email: ricardoommati@gmail.com

Homenagem a Luther King – 2ª edição

No mês em que o assassinato do ativista norte-americano Martin Luther King completa 40 anos, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-DF), o jornal Ìrohìn e o Balaio Café promovem uma sessão de vídeo em homenagem a um dos principais líderes na luta pelos direitos civis da população negra. Participe!
Serviço

Filme: O Som que vem do Sul (produção: Quincy Jones)
Data: 11 de abril (sexta-feira)
Local:: Cineclube do Balaio Café (201 norte)
Horário: 20h
Entrada: Gratuita
Organização: Cojira-DF (https://cojiradf.wordpress.com), Ìrohìn
(www.irohin.org.br) e Balaio Café (www.balaiocafe.com.br)

Para saber mais:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Luther_King

Dr. Martin Luther King, Jr. (15 de janeiro de 1929, Atlanta, Geórgia –
4 de abril de 1968, Memphis, Tennessee) foi um pastor e ativista
político estadunidense. Pertencente à Igreja Batista, tornou-se um dos
mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros
e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de
uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Se tornou
a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco
antes de seu assassinato. Seu discurso mais famoso e lembrado é “Eu
Tenho Um Sonho”.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Quincy_Jones

Quincy Delight Jones Jr. (Chicago, 14 de Março de 1933) é um
empresário musical norte-americano, arranjador, produtor musical, e
compositor de trilhas sonoras. Ele é mais conhecido como o produtor do
álbum Thriller, do ícone pop Michael Jackson, e a canção “We Are the
World”. O ativismo social de Quincy Jones começou nos anos 60 com o
apoio do Dr. Martin Luther King Jr. Jones é um dos fundadores do
Instituto para a Música Negra Americana (IBAM).

Cresce rede de jornalistas anti-racistas

Edição 480 de 8/4/2008
www.observatoriodaimprensa.com.br
URL do artigo: www.observatoriodaimprensa.com.br

CONTRA O PRECONCEITO
Cresce rede de jornalistas anti-racistas

Sandra Martins (*)

As ramificações da rede pela igualdade racial no mundo das comunicações crescem, paulatinamente. Pelo menos é o que se pode observar quando temos a notícia da criação de mais uma Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial, desta vez no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba). A cerimônia de instalação da Cojira-BA abre os eventos comemorativos da Semana do Jornalista iniciada NA segunda-feira (7/4), com término no dia 14, que inclui duas datas significativas: o Dia Nacional do Jornalista (7 de abril) e os 63 anos do Sinjorba (14 de abril).

O tema não é novidade no meio sindical e, certamente, menos ainda no meio jornalístico. Até porque a temática racial já foi defendida em dois congressos da Federação Nacional dos Jornalistas e em um painel temático.

O primeiro momento foi em 2004, no XXXI Congresso na Paraíba, em que comissões anti-racistas do Rio Grande do Sul, São Paulo e município do Rio de Janeiro apresentaram, em uníssono, a necessidade de se desvelar da invisibilidade as questões étnico-raciais no mundo das comunicações. Com passos lentos e seguros, estas comissões ampliaram as discussões para o congresso seguinte. No XXXII, realizado em Minas Gerais, em 2006, representantes de vários sindicatos participaram do I Painel de Jornalistas Afro-Brasileiros. Na plenária, duas teses foram apresentadas: a comissão do Rio Grande do Sul defendeu a (in)formação para as questões étnico-raciais tanto para jornalistas como para acadêmicos de Comunicação; e a do Rio de Janeiro argumentou que a falta de dados estatísticos com recorte racial e de gênero sobre a categoria mascara a realidade – restrito mercado de trabalho e mobilidade social – não possibilitando a criação e implementação de políticas de promoção da igualdade racial.

Dos 27 sindicatos estaduais e quatro municipais filiados a Fenaj, seis deles contam com uma comissão anti-racista: município do Rio de Janeiro e os estados de São Paulo, Alagoas, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e agora Bahia. Há previsão de que, em breve, surja outra comissão no Nordeste.

Outro olhar

A lentidão na adesão para este debate suscita várias reflexões. Para muitos, é um processo lento, pouco atrativo e restrito a um determinado grupo. Na realidade, o que se observa é a grande resistência para com o tema sentenciado como espinhoso, complexo, que promove uma divisão das classes, quando não da sociedade e dos frutos interétnicos. Será?

A complexidade é real. E mais robustecida ela fica se não a encararmos frontalmente, analisá-la sob diversos prismas e desenvolver políticas específicas para transformar o terrível quadro de desigualdades neste país.

O debate está posto. Afinal o Brasil já não é um país tão jovem (tem 508 anos) que possa deixar tantas chagas escondidas aguardando que no futuro possam ser processadas possíveis soluções para o presente.

E os profissionais de Comunicação não podem se abster de sua responsabilidade em assumir seu papel para contestar os atuais paradigmas que determinam um padrão hegemônico eurocêntrico que não respeita as múltiplas identidades étnico-raciais deste país plural.

Com o advento das instalações das comissões anti-racistas – e com o apoio político e institucional das entidades sindicais – a reflexão sobre a temática racial passa a ser irrevogavelmente internalizada e naturalizada, de forma entusiástica e com apego profissional.

O que estas comissões querem é simples: sensibilizar a categoria para a urgência de um outro olhar para a questão racial no Brasil, avançar nas discussões sobre a igualdade racial e lutar contra o racismo no Brasil, com ênfase para o mercado de trabalho e a formação do jornalista.

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Sandra Martins – jornalista, colabora para os jornais Ìrohìn e Educar e o site Afropress e integra a coordenação da Comissão de Jornalista pela Igualdade Racial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.

Homenagem a Martin Luther King

No dia em que o assassinato do ativista norte-americano Martin Luther King completa 40 anos, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-DF), o jornal Ìrohìn e o Balaio Café promovem uma sessão de leitura e debate sobre pronunciamentos históricos deste líder na luta pelos direitos civis da população negra. A leitura e o debate serão coordenados pelo editor do jornal Ìrohìn, Edson Lopes Cardoso. Participe!

Serviço

Data: 4 de abril (sexta-feira)
Local:: Cineclube do Balaio Café (201 norte)
Horário: 21h
Entrada: Gratuita
Organização: Cojira-DF (https://cojiradf.wordpress.com), Ìrohìn (www.irohin.org.br) e Balaio Café (www.balaiocafe.com.br)

Para saber mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Luther_King

Dr. Martin Luther King, Jr. (15 de janeiro de 1929, Atlanta, Geórgia4 de abril de 1968, Memphis, Tennessee) foi um pastor e ativista político estadunidense. Pertencente à Igreja Batista, tornou-se um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato. Seu discurso mais famoso e lembrado é “Eu Tenho Um Sonho“.