Representações contra Bolsonaro poderão ser unificadas
março 31, 2011 Deixe um comentário
As seis representações apresentadas à Corregedoria contra Jair Bolsonaro por quebra de decoro poderão ser unificadas.
O deputado do PP do Rio de Janeiro foi acusado de racismo após a veiculação de um quadro do programa da TV Bandeirantes CQC, em que responde a uma pergunta da cantora Preta Gil.
Questionado sobre sua reação caso algum filho dele namorasse uma pessoa negra, Bolsonaro respondeu que não iria discutir promiscuidade com ela. O parlamentar acrescentou que os filhos dele foram muito bem educados e não viveram em ambientes como o da cantora.
Os processos devem chegar à Corregedoria ainda nesta semana.
Segundo o corregedor da Câmara, Eduardo da Fonte, do PP de Pernambuco, a análise dos processos começa logo que possível.
“Desde que seja também chegada na Corregedoria oficialmente. A gente tem que pedir essas informações, que sejam periciadas pra ver se, realmente, ele está dizendo que não escutou. Vamos fazer uma perícia para que a gente faça a instrução do processo dentro do regimento porque, senão, isso pode prejudicar futuramente.”
As seis representação vão correr em segredo de justiça. Elas foram apresentadas pela Comissão de Direitos Humanos, pela seção do Rio de Janeiro da OAB, pela Procuradoria da Mulher na Câmara, pelo ouvidor da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial das Presidência da República, Carlos Alberto Júnior, e, individualmente, pelos deputados Edson Santos, do PT do Rio de Janeiro e Luiz Alberto, do PT da Bahia.
Jair Bolsonaro, que pediu sua própria convocação pelo Conselho de Ética para esclarecer tudo, garantiu não ser racista.
O deputado afirma ter entendido que a cantora havia questionado o que ele faria se seu filho tivesse um relacionamento homossexual, e não se namorasse uma mulher negra.
O presidente da Câmara, Marco Maia, afirmou em mensagem no twitter que espera as providências cabíveis de acordo com o Regimento da Casa.
Segundo ele, as palavras discriminatórias do deputado são lamentáveis no momento em que se luta pelo fim das desigualdades e intolerâncias.
Fonte: Rádio Câmara, 31 de março de 2011